Cambucá
Quem já viu? Quem já provou?
Frutificando atualmente nas montanhas de Vargem Grande, o cambucá ou cambucazeiro, é uma árvore frutífera nativa da zona litorânea da Mata Atlântica. Considerada hoje verdadeira raridade, a espécie está praticamente limitada ao que restou de seu ambiente natural.
Frutificando atualmente nas montanhas de Vargem Grande, o cambucá ou cambucazeiro, é uma árvore frutífera nativa da zona litorânea da Mata Atlântica. Considerada hoje verdadeira raridade, a espécie está praticamente limitada ao que restou de seu ambiente natural.
Ilustre desconhecida do cidadão urbano, o Cambucá infelizmente não é encontrado em supermercados, feiras-livres ou hortifrútis. Pertencem a mesma família de frutas populares, como a Goiaba, Jabuticaba, Pitanga e de outras frutas igualmente esquecidas, como o Cambuci, Araçá e Gabiroba. Há quem diga que o cambucá é uma das frutas mais saborosas que há no Brasil e no mundo.
Suas flores são brancas e surgem solitárias ou em grupos no caule e, como nas jabuticabeiras, os frutos do cambucá brotam direto do caule da árvore. O saboroso e suculento fruto do cambucá de cor amarelo-alaranjado quando maduro, é consumido principalmente in natura de maneira semelhante à jabuticaba e é extremamente atrativa a várias espécies de pássaros e pequenos mamíferos.
Tanto a polpa quanto a parte carnosa da casca ainda podem ser aproveitados no preparo de doces, sucos, sorvetes, geléias e licores. É uma árvore de aplicação paisagística: possui copa densa, tronco ornamental e na temporada de frutos adquire um impressionante efeito decorativo.
Na aplicação ambiental serve a recuperação de matas ciliares e áreas degradadas de preservação permanente. Seus frutos alimentam grande variedade de animais silvestres.
Na medicina popular, folhas e sementes sob a forma de infusão são usadas em formulações homeopáticas contra a bronquite, tosse e coqueluche. Os benefícios à saúde promovidos pelos cambucazeiros são popularmente conhecidos por caiçaras dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Algumas pesquisas investigam o potencial medicinal da espécie e os resultados preliminares apontaram para sua eficácia na proteção do estômago contra úlceras. Também estão sendo avaliadas a ação contra tumores (câncer) e a atividade antioxidante (combate a radicais livres e ao envelhecimento).
Por tudo isso e muito mais, essa maravilhosa arvore frutífera, necessita urgentemente de cuidados e atenção. Merece ser mais conhecida, protegida e multiplicada.
Vamos plantar !
texto e foto: Sergio de Carvalho