O Maciço da Pedra Branca



No Sertão Carioca despontam maravilhas naturais da Mata Atlântica e redutos de biodiversidade como o Maciço da Pedra Branca, a restinga de Sernambetiba, a restinga de Itapeba, a restinga de Grumari, a lagoa de Jacarepaguá, a lagoa de Marapendy, a lagoa da Tijuca, os manguezais de Guaratiba e a Restinga da Marambaia.

O Maciço da Pedra Branca é a mais preservada de todas. É uma cadeia montanhosa que engloba os bairros de Jacarepaguá, Taquara, Camorim, Vargem Pequena, Vargem Grande, Recreio dos Bandeirantes, Padre Miguel, Bangu, Realengo, Sulacap, Campo Grande, Guaratiba, onde encontra o mar.




É a maior floresta urbana do mundo, sendo quatro vezes maior que a Floresta da Tijuca. Nele encontramos o ponto mais alto da cidade do Rio de Janeiro, o pico da Pedra Branca, com 1024 metros de altura.

É coberto por vegetação típica da Mata Atlântica (braúnas, cedros, jacarandás, jequitibás e ipês) e abriga uma enorme variedade de animais silvestres: cachorro-do-mato, preguiças, tamanduás-mirins, pacas, tatus, cotias, tucanos, gaviões, répteis e pássaros, muitos deles ameaçados de extinção.

É, também, uma terra repleta de história, com uma infinidade de sítios de interesse cultural e turístico preservados: antigos aquedutos, açudes, represas, casas de fazenda, senzalas e quilombos, construções seculares, as igrejas de São Gonçalo do Amarante e a Capela de Mont Serrat, fortificações do tempo do Império, etc.

Apesar do avanço da cidade sobre a região, o Maciço da Pedra Branca ainda é o lar do verdadeiro caboclo carioca. São descendente de escravos que fundaram comunidades em meio a floresta, algumas tão distantes do centro urbano que sequer possuem luz elétrica, onde ainda se vive da agricultura orgânica, ajudando a preservar esse patrimônio natural e histórico da cidade.




Texto: Flávio Machado
Mapa: Instituto Pereira Passos

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